domingo, 28 de agosto de 2016

Estória de uma História - Carborundum, Sal Azedo e Boneca

Carborundum, Sal Azedo e Boneca, são palavras que soam estranho atualmente, mas a alguns anos eram as ferramentas e produtos usados para o polimento do piso marmorizado.

As pedras de carborundum (carbeto de silício), muito visto por aí como pedras de amolar facas, composto químico sintético de carbono e silício que compostas em várias granulometrias eram usadas para polir pisos.

As pedras em forma de cubos eram acopladas em maquinas politrizes tipo Bomac, esta acoplagem era feita com cunhas de madeira que fixavam as pedras na base da máquina.

Com o desgaste, as pedras diminuíam a espessura, e quando ficavam finas demais elas podiam se soltar da politriz, então eram substituídas. Porém as pedras desgastadas eram recicladas colando-se uma sobre as outras com massa plástica para serem reutilizadas.

O processo de polimento com pedras de carborundum era feito na sequência de grãos 24, 36, 60 e 120. Atualmente, utilizamos ferramentas metálicas e resinadas diamantadas que atingem granulometria acima de 3000 fornecendo um brilho intenso ao piso marmorizado.

Na época, para puxar um brilho mais intenso fechando a porosidade, utilizávamos o Sal Azedo (ácido oxálico) que reagia quimicamente sobre o mármore polido diminuindo a porosidade.

Para aplicar o sal azedo que vinha em pó, utilizávamos uma ferramenta que chamávamos de Boneca. Este nome era devido ao modo que elas eram feitas artesanalmente cortando caibros de madeira no tamanho das pedras de carborundum e pregando uma corda de sisal enrolada em baixo.

O sal azedo era espalhado manualmente sobre o piso molhado e esfregado utilizando as politrizes com as bonecas acopladas. Este processo fechava a porosidade do marmorizado e puxava o brilho necessário para iniciar o processo de enceramento.

Só para completar o processo, em pisos de mármore, além do sal azedo também era usado o polimento com tijolos de goma laca que além de puxar o brilho ainda impermeabilizava o piso.

Originalmente na Índia, a goma laca era feita com asas de baratas curtidas no álcool. Credo!!!

Boas obras!!!!


domingo, 14 de agosto de 2016

Obra: Shopping Vautier Premium

A Segato está fornecendo os pisos para a obra do shopping Vautier Premium que está sendo construído pela MJS no bairro do Pari, na divisa com o Brás, em São Paulo.

O shopping voltado para o comércio popular terá 5 pavimentos com lojas e alimentação, 3 subsolos com estacionamento para automóveis e ônibus; será um dos mais visitados pelos clientes do Brás.

O projeto de paginação do piso elaborado pelo escritório de arquitetura Kawahara Takano é composto de piso branco linha Granazzo com finas faixas pretas adornando o piso.

Os pisos externos também serão fornecidos pela Segato na cor cinza, com acabamento levigado, uma textura antiderrapante de baixa manutenção.

O acabamento da obra está adiantado, a GRR está executando a aplicação e assentou quase a totalidade dos 7500 m² de piso que está na fase de polimento.

Todo o fornecimento e execução estão dentro do cronograma combinado e a inauguração está prevista para outubro.

A Segato está honrada em participar de mais este grande empreendimento que está “Caminhando Bem com Pisos Segato”.

Boas obras!!!! 

domingo, 7 de agosto de 2016

Estória de uma História - A 1ª Exportação.


A primeira exportação de piso marmorizado brasileiro foi um fiasco.

No começo da década de noventa, eu trabalhava na Etergran, na época era a empresa que fornecia pisos para a maioria das lojas do Carrefour no Brasil.

Nenhum fabricante de marmorizado no Brasil havia exportado seus pisos, até o Carrefour convidar a Etergran para fornecer e aplicar os pisos em sua loja de La Plata, Argentina. O convite surgiu depois que o piso da loja feita anteriormente em Quilmes não ficar a contento.

Início dos problemas: A polícia federal entrou em greve e as primeiras cargas demoraram duas semanas para serem liberadas na fronteira, atrasando consideravelmente o início da obra, gerando um enorme desgaste.

Mais problemas: Os caminhões brasileiros não podiam trafegar na Argentina por causa que a altura regulamentar dos para-choques naquele país era diferente, então foi obrigatório fazer um transbordo da carga em Uruguaiana para caminhões argentinos.

 A Etergran não paleteava seus pisos, a carga era montada travando os pisos na carroceria do caminhão com sarrafos de madeira.

Neste transbordo a carga foi desmontada e o travamento desfeito. Com o piso solto na carroceria as cargas chegaram em La Plata com uma enorme quantidade de piso quebrado impossibilitando o início da obra.

Com o desgaste proporcionado o Carrefour suspendeu o envio do restante do piso e contratou a Bossi, um fabricante argentino, para fornecer o piso.

A colocação do piso argentino ainda ficou a cargo da Etergran, mas aí é outra história que depois eu conto.

Só por curiosidade, os argentinos chamam o piso marmorizado de baldosas.

Boas Obras!!!


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