domingo, 30 de outubro de 2016

Paginação Diagonal

Paginação diagonal, em ângulo, oblíqua são alguns nomes utilizados para a paginação do piso que não forma 90° em relação ao alinhamento do corredor, como na foto destacada.

Esta paginação em projeto pode ser considerada uma personalização, uma vez que é diferenciada, pois é muito mais comum vermos projetos de pisos paginados em linha reta.

Assim sendo, também possibilita projetar várias linhas em outras cores cruzando os corredores formando tapetes originais. O piso marmorizado Segato oferece uma imensa opção de cores para deixar o projeto ainda mais criativo.

Também não deixa de ser uma solução quando a largura do corredor não é múltipla da largura das placas de piso, evitando uma faixa linear de arremate com pequena dimensão entre o piso e a tabeira ou a parede.

A paginação diagonal também é usada em corredores onde as paredes estão fora de esquadro, pois ela disfarça enquanto a paginação em linha acusa.

Com esta paginação o assentamento fica mais trabalhoso, aumentando a dificuldade para esquadrejar as faixas mestras como também nos cortes para os arremates laterais.

Neste projeto de piso, temos que considerar uma porcentagem de perda maior em relação a paginação em linha porque os cortes laterais dificilmente são reaproveitados por serem triangulares.

A Segato dispõe de empresas instaladoras especializadas que fazem um perfeito assentamento seja qual for a inclinação da paginação.

Boas Obras!!!!

domingo, 23 de outubro de 2016

Piso Preto em Hospital?????

Parece estranho, mas na década de 80 foram executadas concomitantemente ampliações do Hospital Sírio Libanês e do Hospital Beneficência Portuguesa, e em ambos foram aplicados pisos de cor preta.

Normalmente em hospitais são projetados pisos de cores claras como branco, bege, cinza claro de certo para dar um aspecto de limpeza e luminosidade maior.

Por este motivo fiquei curioso e encontrando com um dos arquitetos do projeto eu questionei: Por que o piso preto?

A resposta foi convincente, me explicou que a poeira é branca, aparece muito mais no piso preto e enxergando podemos limpar, ao contrário do piso claro que esconde a poeira dificultando a assepsia.

Este assunto ficou gravado em minha memória e até hoje quando entro em hospital eu lembro desta conversa.

Atualmente o piso marmorizado Segato é aplicado em vários hospitais, está aprovado pela Anvisa para uso em diversas áreas.

Não vi mais projetos hospitalares em piso preto.

Boas Obras!!!  

domingo, 16 de outubro de 2016

Cantos Quebrados

Quando assentamos o piso devemos observar se a argamassa preencheu a placa em toda a sua totalidade.

Especialmente no assentamento com argamassa colante onde as placas têm menor espessura e a desempenadeira dentada pode, por desatenção, deixar de ser passada nos cantos das placas, a patologia pode ocorrer principalmente em locais onde há trafego de paleteiras e carrinhos pesados.

O contrapiso mal nivelado pode permitir que as placas fiquem mal apoiadas, gerando também vazios entre a placa e o contrapiso ocasionando fissuras de bordas.

A foto acima não é com pisos Segato, mas serve para ilustrar a patologia grave que um piso mal assentado pode ocasionar; a utilização é de uma grande rede de papelaria que passa com paleteiras carregadas de papeis, o estrago foi grande.

Por isso, mesmo em placas de 40 x 40 cm o indicado é o uso de argamassa colante AC3 em dupla camada, ou seja, aplicar com a desempenadeira dentada de 8 mm uma camada no contrapiso e outra camada no costado da placa, de modo que um fio de argamassa possa adentrar no outro no assentamento, sempre observando as extremidades da placa. O martelo de borracha deve ser usado com batidas leves para o perfeito assentamento da placa na argamassa.

Este capricho irá deixar a argamassa na espessura ideal e preencherá a totalidade da placa, evitando a patologia dos cantos quebrados.

A utilização de mão de obra especializada pelo fabricante evita problemas deste tipo.

Boas Obras!!!  

domingo, 9 de outubro de 2016

Estória de uma História – Rua Etergran

Na semana passada contamos a segunda parte da história da primeira exportação de piso marmorizado com o título “Escravos Brasileiros”, e agora vamos para o último capítulo da trilogia de nossa estória.

Quando o sindicato da construção civil argentino obrigou a construtora local a igualar em dólar o salário dos brasileiros e ainda dar mais um abono semanal, os funcionários da Etergran conseguiram juntar um bom dinheiro e vir com a burra cheia de volta.

A maioria dos empregados da Etergran eram provenientes de duas regiões do Nordeste, a região de Conceição do Coité na Bahia e a de Livramento na Paraíba.

A maioria da turma de Conceição do Coité era do distrito de Goiabeira e na volta da Argentina, com a renda obtida, começaram a construir novas casas, muitas em uma mesma rua, e denominaram esta rua com o nome Etergran homenageando a empresa que trabalharam.


Conceição do Coité cresceu muito e hoje conta com 60.000 habitantes assim como o distrito de Goiabeira que desde 2010 teve várias ruas asfaltadas e no local tem até uma pista de motocross onde é disputada a Copa Sisal da categoria.

Atualmente, muitos colaboradores de diversas empresas de piso são provenientes de Conceição do Coité-BA e muitos até são parentes dessa turma que originou a rua Etergran.

Parece folclore, mas é verdadeiro, uma empresa de piso marmorizado virou nome de rua.

Boas obras!!!

domingo, 2 de outubro de 2016

Estória de uma História – Escravos Brasileiros

No começo da década de 90, a Etergran, empresa que eu trabalhava na época, foi executar a obra do Carrefour La Plata na Argentina e a parte da exportação do piso dessa estória eu já contei aqui no blog (http://inglesdopiso.blogspot.com.br/2016/08/estoria-de-uma-historia-1-exportacao.html), vamos agora contar a parte humana da história.

Como o piso da Etergran não chegou em boas condições na obra, foi comprado um piso marmorizado da Bossi, uma empresa de Buenos Aires, e a Etergran ficou com a parte da mão de obra de aplicação, aí que começa esta estória.

Os primeiros funcionários que chegaram entraram pela fronteira argentina apenas com a carteira de identidade o que dá apenas o direito de turismo, para trabalhar é necessário passaporte com visto de trabalho no consulado, e foi necessário todo um trabalho da construtora para a legalização do pessoal no país atrasando ainda mais o início.

A Argentina vinha de uma grande crise com o plano Austral, a construção civil ficou paralisada por um longo período, a obra do Carrefour era uma das poucas na Argentina e a chegada de brasileiros para a obra chamou muito a atenção.

Quando os brasileiros começaram a trabalhar e viram que a produção era muito grande, pois trabalhavam muito depois do expediente e até virando a noite para compensar o atraso da obra, chamou a atenção do sindicato local.

Nossa legislação na época era diferente, o alojamento era com colchões no chão, não tinha bebedouro, beliche, armários e etc. como manda a legislação atual.

Nosso salário na época era muito menor que o dos argentinos que ganhavam em dólar.

Com a grande repercussão, a maior emissora de TV Argentina fez uma matéria bem sensacionalista em seu jornal com o título “Escravos Brasileiros” onde mostraram os salários, as condições do alojamento e o pessoal trabalhando no período noturno fazendo dobra.

O que para nós brasileiros era absolutamente normal, pois as obras eram feitas dessa forma por aqui, para os argentinos era um absurdo.

O sindicato local além de obrigar a construtora a melhorar as condições do alojamento, proibiu as horas extras e mandou equiparar o salário com os argentinos em dólar, além de uma bonificação semanal.

No final da obra os ¨escravos brasileiros¨ voltaram com a mala cheia de dólar, mas isto é a terceira parte da resenha que em breve contarei.

Um segredinho, faziam horas extras escondidos para que o prazo fosse cumprido.

A dedicação e empenho dos operários da construção civil brasileira é diferenciado, por isso executamos obras em diversos países com sucesso, estes homens são merecedores de reconhecimento e elogios.

 Boas Obras!!!


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