segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Norma está mudando



Os pisos marmorizados não têm uma Norma específica, porém os ensaios são comparados com a Norma NBR 9457 de ladrilho hidráulico e esta Norma está em processo de revisão.
Uma comissão de estudos composta por fabricantes, laboratórios, ABNT, Sinaprocim, ABCP e Emurb da qual também faço parte está se reunindo desde meados do ano passado para a revisão da Norma. A atualização do texto, mudanças nos ensaios, amostragens e tolerâncias estão sendo elaboradas.
Uma classificação dentro da norma para piso marmorizado como ladrilho hidráulico com acabamento polido ou agregado aparente ou outra nomenclatura semelhante está sendo estudada e a tolerância para ensaios ao desgaste por abrasão, absorção e ruptura poderá ser diferenciada da tolerância para ladrilho hidráulico de uso externo.
Aguardem novidades e boas obras.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Vai fazer muita lama?


Muita gente me pergunta se o polimento vai fazer muita lama. Antigamente os pisos marmorizados (tipo Marcopiso) eram polidos com maquinas politrizes equipadas com pedras esmeris de Caburundum e, para polir com mais abrasividade, espalhava areia sobre o piso gerando uma quantidade muito grande de lama de polimento.
Atualmente as politrizes são equipadas com abrasivos diamantados (videa), que além de uma produtividade maior, gera uma quantidade de lama muito menor que antigamente.
O sistema de rotação desses equipamentos também resulta em uma planicidade muito maior ao piso eliminando o aspecto visual ondulado que apresentava em outros tempos.
A produção de uma máquina moderna chega a ser dez vezes maior que a produção dos equipamentos mais antigos.
A distancia entre os pratos de polimento e a parede da edificação também diminuiu, gerando uma área menor de acabamento com lixadeiras manuais.
Como em todas as atividades da construção civil, as obras de pisos estão se equipando para gerar uma qualidade melhor e produção maior para satisfazer um mercado que exige cada vez mais modernidade e desempenho.
Boas obras.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Direcionando fissuras de rejunte



Na obra de revitalização do Morumbi Shopping foi detectado que devido a elevadas movimentações estruturais da laje ocasionadas por variações térmicas e vibrações o rejunte branco apresentou fissuras que no piso antigo ficavam menos aparentes devido à coloração mais escura. Essas fissuras se apresentam pela função do rejunte trabalhar como fusível, ele fissura para a placa de piso não sofrer danos.
O Engº Públio Penna Firme Rodrigues da LPE, consultor e projetista de pisos, apresentou uma solução muito interessante que está sendo executada na obra.
A estrutura está sendo isolada do piso novo com aplicação de lona plástica entre a laje e a argamassa de assentamento, permitindo assim que os trabalhos estruturais do piso e laje fiquem independentes.
Uma tela tipo viveiro é colocada entre duas camadas da argamassa de assentamento gerando unicidade ao piso.
O assentamento e rejuntamento do piso ocorrem de forma convencional, sendo que em até 7 dias o piso é serrado a cada 4m aproximadamente de acordo com a paginação de forma que o corte seja profundo para romper a tela colocada na argamassa. Formando assim panos de piso de aproximadamente 16 m².
A junta formada entre os panos de piso será preenchida com polioretano flexível na cor do piso.
Nota – se que as tensões estão direcionadas para essa junta mais flexível diminuindo a sobrecarga no rejunte.
O Brasil não tem a cultura de contratação de consultoria para o revestimento de piso e nem sempre é elaborado um projeto para o contrapiso ou piso de concreto. Alguns conceitos devem ser revistos.
Boas obras.
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