domingo, 28 de junho de 2009

Como é feita uma Norma da ABNT?


Faço parte da comissão de estudos para elaboração da Norma para Placas de Concreto para Piso, que está na fase de finalização do texto base para envio à ABNT e Consulta Nacional. E como muita gente me pergunta como é feito uma Norma, aproveito para contar como é.
A necessidade de parâmetros, modos de usar, processos de fabricação e etc. para uma melhor qualidade, geram por parte da sociedade a carência de uma regulamentação.
Essas solicitações da sociedade são analisadas pela ABNT e caso tiver mérito, será levada ao Comitê Técnico do setor para inserção no Plano de Normalização Setorial (PNS) da Comissão de Estudo pertinente. Caso contrário, será criada uma Comissão de Estudo Especial (ABNT/CEE). Essa Comissão de Estudo da qual faço parte é composta por produtores, órgãos consumidores, e neutros (Laboratórios, Associações, Consultores e etc.). Em ambos os casos há uma grande preocupação da ABNT para que haja uma participação bastante representativa para elaboração da Norma.
As Comissões de Estudo devem discutir e chegar ao consenso para elaborar o projeto de Norma e texto normativo. De posse do texto normativo, a ABNT submete o mesmo à Consulta Nacional, consulta esta em que todos (qualquer pessoa) podem examinar e emitir suas considerações.
Passado o tempo necessário para a Consulta Nacional se fará uma última reunião para análise da pertinência ou não das considerações recebidas. Não havendo impedimento, o texto será levado à homologação pela ABNT, onde recebe a sigla ABNT NBR e seu número respectivo. A seguir é colocada no acervo de Normas Brasileiras.
Assim fica pronta a Norma.
Boas obras.

* Texto baseado nas explicações fornecidas no site da ABNT: http://www.abnt.org.br/

domingo, 21 de junho de 2009

2º Aniversário do Blog

Brasilshop - Novidades em Shoppings


Uma feira onde empresas empreendedoras de Shopping Centers apresentam seus lançamentos e “produtos”, tudo isso ao lado de uma feira de franquias onde a freqüência de lojistas e pretensos é enorme. Surge aí uma grande oportunidade de divulgação e negócios. Assim foi a 9ª Brasilshop, que visitei no último dia 17.
Dos empreendedores estavam a Savoy apresentando todos os seus shoppings e como vedetes o recém inaugurado Shopping União Osasco e o lançamento do Shopping Nova 25 de Março que será na Marginal Pinheiros.
A Zaffari com o Shopping Bourbom de carro chefe apresentava seus outros empreendimentos.
A Almeida Junior apresentando uma espetacular maquete lançando o Joinville Shopping Center.
O Shopping SP Market mostrava em uma gigantesca maquete o seu mega empreendimento com edifícios comerciais, ampliação e revitalização de todo o complexo.
A Aliansce mostrava os shoppings que administra e apresentava os shoppings Boulevard Shopping Belém, Shopping Maceió, Boulevard Shopping Belo Horizonte e Boulevard Shopping Campos.
A AD Shopping expôs a gama de shoppings por ela administrados apresentando o recém inaugurado Shopping Praça da Moça em Diadema - SP e o lançamento do Golden Square Shopping Center em São Bernardo do Campo - SP.
Fornecedores e prestadores de serviços também estavam com seus stands prontos para novos negócios.
Confesso que senti falta das gigantes Brascan, Iguatemi, Multiplan e Sonae Sierra que preferiram investir em outras formas de comercialização dos seus empreendimentos. A Alshop Associação Brasileira de Lojistas de Shopping está de parabéns pelo evento.
Boas obras.

domingo, 14 de junho de 2009

O Metro Linear é redundante


A expressão metro linear é originada do “obrês” e indica a medida de rodapés, tabeiras, soleiras e outros em que o comprimento é maior que a largura. Sem a pretensão de ser um professor Pasquale, informo que essa expressão é errada e não existe em nenhuma escala oficial de medida. O correto é falar simplesmente metro, por exemplo, 100 metros de rodapés e 50 metros de tabeiras. Neste caso, a palavra linear é redundância.
Engraçado é que não usamos essa expressão para largura, distância ou altura, somente para comprimento.
Foi criado até o símbolo “ml” para sua referência, o que é mais errado ainda, pois, “ml” é medida de volume (mililitros) e não de comprimento.
Atenção: se for para comprar materiais da Segato, os pedidos podem ser feitos em “metros lineares” que “entrarão para dentro” da fábrica normalmente e causarão “sorrisos de alegria em nossos lábios”.
Boas Obras.

domingo, 7 de junho de 2009

Troca de piso com shopping em operação (revisão)


Depois de algumas revitalizações de shopping centers em operação como Morumbi Shopping, Shopping Pátio Paulista, Shopping West Plaza, Barra Shopping, Raposo Shopping, alguns procedimentos foram alterados e melhorados e, como estamos iniciando os trabalhos de revitalização do Shopping SP Market e nos foi solicitado um relatório do sistema de trabalho, aproveitamos para revisar e atualizar a postagem de 6/8/2007 , como segue:
Como existem shoppings com 10, 20 e até com mais de 30 anos, e os conceitos arquitetônicos mudaram, muitos deles estão revitalizando e trocando o piso pelo marmorizado da Segato do Brasil.O que parece uma missão impossível, as trocas estão sendo realizadas com sucesso e para que o sucesso aconteça, são necessários alguns cuidados para que o shopping continue operando sem maiores danos.
Antes de qualquer coisa devemos preparar as proteções para as lojas, para o piso recém demolido e para o piso recém colocado.
Para proteção das lojas devemos "embrulhar" toda a fachada com lona plástica e colocar panos em todas as frestas. Devemos prever também barreiras de proteção para poeira com lona plástica cercando a área de trabalho.
Prever chapas de madeira tipo MDF e carpete vinílico para fazer um acabamento menos rústico ao tablado.Com isso, podemos dar início a obra.
1ª etapa
Assim que o shopping fechou e os clientes e lojistas saíram, isolamos a área que vai ser demolida nessa noite com as barreiras de proteção de poeira, em seguida envelopamos as lojas que estão dentro dessa área com lona plástica e vedando as frestas com fita crepe.
Devemos marcar todas as juntas estruturais de dilatação, pois, elas devem ser conservadas no piso novo.
Depois de verificarmos a qualidade dos serviços acima, podemos iniciar a demolição do piso.
Todo entulho produzido deve ser retirado do mall e colocado em local apropriado. Os carrinhos ou caçambas que retiram o entulho deverão ser cobertos para não espalhar sujeira pelo caminho. Preenchemos o vazio deixado pela demolição com um colchão de areia.
Assentamos na areia as chapas de MDF de mais de 1cm de espessura bem niveladas com o piso remanescente e bem fixadas de modo a não ter pontos onde as pessoas possam tropeçar.
Colocamos o carpete vinílico bem esticado e preso com fita adesiva para evitar tropeços.
Liberamos a área para o shopping operar.
2ª etapa
Na segunda noite, isolamos a 2ª área a ser demolida conforme etapa anterior fazendo o processo completo de demolição e retiramos o tablado da noite anterior para a colocação do piso.
Afastamos a areia do local de aplicação do piso e a deixamos de lado nas proximidades.
Preparamos a base de assentamento com enérgica varredura com vassoura ou esfregão.
Elaboramos uma ponte de aderência com a utilização de adesivo acrílico e cimento, aplicando nas áreas que serão imediatamente assentadas para que não seque antes do contato com a argamassa de assentamento.
Aproveitamos a areia que já está no local para preparo da argamassa de assentamento em 1:3 de cimento e areia.
Assentamos as placas de piso conforme padrão conhecido (ver postagem de 2/7/2007).
Devemos conservar as juntas de dilatação estruturais no piso novo.
Após a colocação forramos o piso com lona plástica e colocamos chapas de compensado para a proteção do piso e forramos também com carpete vinílico liberando para a operação do shopping. O tablado da noite anterior será recolocado na demolição dessa noite com as devidas retificações.
3ª etapaRepete - se as etapas anteriores dando continuidade a reforma do piso e nesta etapa vamos rejuntar o piso colocado à pelo menos 2 dias.
O piso deve ser rejuntado com rejunte Segato, fabricante do piso (ver postagem de 10/7/2007).
Antes de rejuntar verificamos se alguma placa se desprendeu com o tráfego de pedestres, recolocando - a de imediato.
4ª etapa
Depois de uma semana do piso rejuntado começaremos a raspagem sem interromper a continuidade dos processos anteriores.
Nesta fase também devemos fazer as proteções para que a lama do polimento não entre nas lojas e nem respingue nas fachadas como também a proteção da poeira ocasionada pelas lixadeiras manuais.
Após a raspagem faremos o estuque do piso (ver postagem de 10/7/2007).
Devemos prever o prazo para cessar a estucagem para que o estuque esteja seco quando o shopping abrir para os lojistas.
5ª etapa
Polimento final e enceramento de proteção, sempre com as proteções das lojas.
O enceramento de proteção deverá ser removido para a implantação do sistema de enceramento que o shopping irá fazer.
O sistema de enceramento deverá ser mantido com as devidas recamadas e remoções conforme aspecto visual do acabamento do piso.
O piso a base de cimento é protegido pela película de cera que o recobre. A falha no processo de manutenção do enceramento vai causar problemas no piso e no rejunte.
Nota - se que a troca do piso é um processo contínuo e poderemos estar em uma mesma noite executando as 5 etapas ao mesmo tempo, cada etapa liberando frente para a outra na sequência.
Alguns cuidados deverão ser respeitados durante a obra:
Nunca passar com carrinhos de transportes ou equipamentos pesados sobre o piso recém assentado.
A limpeza de manutenção deverá ser a seco, pois mops e panos úmidos vão encardir o piso.
Os andaimes deverão estar com rodas de poliuretano.
Ao mexer com instalações, devemos lembrar que óleos, solventes, ácidos e madeiras resinadas danificam de forma definitiva o piso.
Boas obras
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