Atualmente os pisos marmorizados executados são pagos pela
área executada, apenas considerando uma porcentagem para perda do material;
porém nem sempre foi assim.
Até os anos 90 as medições eram mais detalhadas e a mão de
obra conseguia um valor final muito melhor do que agora, pois cobrava-se por
faixas, cortes, placas serradas, juntas plásticas, desenhos no piso, mensurando
melhor a dificuldade de trabalho de cada projeto.
Quando no projeto havia uma faixa de outra cor no piso, seja
como tabeira ou atravessando a paginação do piso, esta faixa era cobrada
linearmente por haver uma queda de produção no assentamento e no rejuntamento
na alternância da cor do piso.
O fornecimento da junta plástica tanto estruturais como
decorativas era cobrado a parte.
A execução de cortes no piso também era cobrada linearmente
sempre que fosse necessário fazer estas intervenções com serra mármore ou
maquina cliper. Nesta época as juntas plásticas eram aplicadas nos cortes dos
pisos e não nos vãos entre placas como agora, então cobrava-se um valor pelos
cortes e outro valor pelo fornecimento da junta plástica.
Placas serradas seriam as placas com menor dimensão,
conhecida também como arremate, geralmente existente junto a paredes, ou quando
muda a paginação do piso; esta medição também era feita de forma linear no
sentido longitudinal do piso. No caso de paginação com uma faixa colorida de
menor dimensão além da placa serrada cobrava-se também faixa e corte caso
necessário.
Quando o projeto apresenta desenhos (tapetes) na paginação
do piso, também era cobrado um valor a parte por unidade destes desenhos.
Resumindo, quanto mais dificultoso o projeto para execução,
maior era o valor recebido pelo aplicador de piso.
A outra parte desta história é como estes valores deixaram
de ser cobrados.
Nos anos 90, a fabricante Etergran foi vendida para a
Unipiso e houve um desentendimento entre as partes na execução da obra do
shopping Centro Têxtil Internacional (atual ITM Expo) executada na época pela
Construtora Cyrela. A Unipiso descobriu que a Etergran estava executando esta
obra sem seu consentimento e paralisou a entrega dos pisos, acertando com a
Cyrela de fazer a execução dos pisos sem cobrar os itens acima, fazendo toda a
mão de obra por um preço único por m² de piso executado.
A partir daí nunca mais foi incluído em contratos estes
itens de execução de pisos.
Esta é a estória dessa História.
Boas Obras!!!!
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