A primeira exportação de piso marmorizado brasileiro foi um
fiasco.
No começo da década de noventa, eu trabalhava na Etergran,
na época era a empresa que fornecia pisos para a maioria das lojas do Carrefour
no Brasil.
Nenhum fabricante de marmorizado no Brasil havia exportado
seus pisos, até o Carrefour convidar a Etergran para fornecer e aplicar os
pisos em sua loja de La Plata, Argentina. O convite surgiu depois que o piso da
loja feita anteriormente em Quilmes não ficar a contento.
Início dos problemas: A polícia federal entrou em greve e as
primeiras cargas demoraram duas semanas para serem liberadas na fronteira,
atrasando consideravelmente o início da obra, gerando um enorme desgaste.
Mais problemas: Os caminhões brasileiros não podiam trafegar
na Argentina por causa que a altura regulamentar dos para-choques naquele país
era diferente, então foi obrigatório fazer um transbordo da carga em Uruguaiana
para caminhões argentinos.
A Etergran não
paleteava seus pisos, a carga era montada travando os pisos na carroceria do
caminhão com sarrafos de madeira.
Neste transbordo a carga foi desmontada e o travamento
desfeito. Com o piso solto na carroceria as cargas chegaram em La Plata com uma
enorme quantidade de piso quebrado impossibilitando o início da obra.
Com o desgaste proporcionado o Carrefour suspendeu o envio
do restante do piso e contratou a Bossi, um fabricante argentino, para fornecer
o piso.
A colocação do piso argentino ainda ficou a cargo da
Etergran, mas aí é outra história que depois eu conto.
Só por curiosidade, os argentinos chamam o piso marmorizado
de baldosas.
Boas Obras!!!
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