É estranho essa matéria em um blog de pisos cimentícios, porém, conhecer melhor outros materiais que “concorrem” em uma escolha pode ser interessante.
A cerâmica começou a ser usada como revestimento nas civilizações da Ásia e do Oriente. O revestimento cerâmico entrou na Europa junto com as paredes de tijolos.
Esse material tão antigo é muito usado devido ao seu conforto térmico e facilidade de conservação.
Vamos aqui então dar uma superficial e resumida explanação de como esse material é produzido.
A primeira etapa da produção seria a extração da matéria prima e sua armazenagem.
As matérias primas são classificadas como plásticas (argilas plásticas para queima branca ou clara, a argila fundente para a queima vermelha e o caulim) e não plásticas (filitos, fundentes feldspáticos, talco e carbonatos). Os primeiros fornecem à massa a plasticidade para a qualidade mecânica e os segundos, propriedades térmicas para a queima da massa.
A segunda fase é a preparação dos materiais: o pó resultante da massa e o esmalte para a cobertura vitrificada.
A massa pode ser extrusada ou prensada, a extrusada é uma pasta com aproximadamente 15% de água, que é pressionada através de uma abertura que reproduz a seção transversal da peça que sai em uma fita contínua que é cortada conforme as dimensões das peças. A prensada é composta de aproximadamente 5% de água e é compactada por pressão de um embolo de prensa em um molde pré definido.
Em seguida é feito o processo de secagem através de ar quente para reduzir a umidade para aproximadamente 1% de água.
A próxima etapa é a queima que pode ser monoqueima (em que o esmalte é queimado simultaneamente com a base) ou biqueiama (onde queima primeiramente a base e depois é aplicado o esmalte e novamente queimado), mas esse ultimo processo é mais arcaico que o primeiro que determina maior ligação do esmalte a base, gerando melhor resistência à abrasão e maior resistência à flexão. Uma outra técnica utilizada hoje é a terceira queima, que consiste em decorar o esmalte já queimado e recolocá-lo no forno sob temperaturas mais baixas, para obter o design definitivo.
No acabamento temos a fase dos cortes, que são os bisotes, boleamentos, aparos e etc.; a fase de polimento e lustre e a fase de esmaltação que é a decoração e esmalte superficial aplicado através de equipamentos como maquina serigráfica, campana, aerógrafo e disco.
Por último temos a seleção e embalagem.
É dessa forma que o barro se transforma em revestimento.
Boas obras.
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